Sábado, 15 de novembro de 2025

STF confirma regra para nomeação de parentes em cargos políticos

STF confirma regra para nomeação de parentes em cargos políticos
STF deve alterar entendimento sobre as regras do nepotismo- Foto: Luiz Silvestre/STF

Na última quinta-feira (23), durante uma sessão plenária, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou uma maioria de 6 votos a 1 em favor da manutenção da regra que permite a nomeação de parentes para cargos políticos, sem caracterizar nepotismo.

A discussão gira em torno da Súmula Vinculante 13 de 2008, que proíbe a nomeação de parentes até o terceiro grau para cargos públicos. No entanto, desde a sua aprovação, o STF já havia feito algumas exceções. Isso possibilitou a aceitação da nomeação para posturas como de ministros e secretários estaduais e municipais, sem que essas decisões gerassem repercussão geral.

A situação se agravou com a aprovação de uma lei pelo município de Tupã, que permitiu a indicação de parentes para o cargo de secretário municipal, contestada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

O ministro Luiz Fux votou favoravelmente à legalidade da lei de Tupã, argumentando que o Chefe do Executivo tem o direito de escolher seus auxiliares, desde que respeitados os critérios técnicos e sem gerar nepotismo cruzado. Fux enfatizou que o STF não concede uma carta branca para a nomeação de qualquer pessoa.

O único a divergir da opinião foi o ministro Flávio Dino, que criticou a possibilidade de nomeações familiares. Segundo ele, “legalidade e afeto não se combinam”. A ministra Cármen Lúcia, embora não tenha votado, também expressou preocupação sobre a manutenção do princípio da impessoalidade nas nomeações.

O julgamento foi suspenso e voltará à pauta na próxima quarta-feira (29) para a finalização dos votos. As expectativas estão voltadas para os votos dos ministros Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

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