A Prefeitura de Itabira e a mineradora Vale vão firmar, na próxima quinta-feira (25), um novo acordo de investimentos para a finalização das obras dos prédios 4, 5 e 6 do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em Itabira. Esse anúncio foi feito pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB), no último sábado (20). O valor a ser repassado pela Vale deve ser em torno de R$60 milhões.
Os três prédios estão em construção desde 2020 e tinham a previsão de serem concluídos em 2022. Entretanto, devido a atrasos nos repasses por parte da Vale, que é responsável pela maior parte dos custos, as obras ainda não foram finalizadas. “Mais importante do que os prédios é dar um novo rumo à Unifei. Com 18 anos de existência e apenas 1.500 alunos, esse cenário é insustentável. Nenhum campus universitário consegue sobreviver assim”, afirmou o prefeito ao revelar o novo acordo.
No início deste ano, Marco Lage e o reitor da Unifei, Marcel Fernando da Costa Parentoni, assinaram um Protocolo de Intenções para o desenvolvimento do campus Itabira. Na ocasião, o prefeito destacou que a Prefeitura já havia investido cerca de R$70 milhões na obra e que estava em discussões com a Vale sobre uma repactuação dos valores acordados em 2019. Como o entendimento não foi alcançado, a previsão de conclusão foi prorrogada para agosto do próximo ano.
Além disso, em sua fala durante a inauguração da Equimacon Home Center, Marco Lage enfatizou a necessidade de direcionar o centro de pesquisa da Unifei para projetos que possam beneficiar a economia local, especialmente em pesquisas sobre o uso de rejeitos de mineração. A proposta inclui a implementação de uma fábrica experimental para aproveitamento dos rejeitos, a qual poderá ser instalada no futuro ecodistrito industrial localizado na Fazenda Palestina, próximo à rodovia MG-120.
O ecodistrito está projetado para ocupar uma área de aproximadamente 500 mil m², distribuídos em 33 lotes de 10 mil m² e sete lotes de 30 mil m². Ao redor do distrito, 1,5 milhão de m² de mata atlântica serão preservados, garantindo um perfil ambiental diferenciado, em contraste com os polos industriais tradicionais. Este projeto é parte do programa Itabira Sustentável, efetuado em parceria com a Vale e outras empresas locais, e deverá iniciar suas operações em dois anos, prevendo movimentar cerca de R$1,1 bilhão por ano quando estiver em funcionamento completo.

























