A trajetória de Messias Bragança, fundador da tradicional Livraria Zenith, foi homenageada durante a premiação do Top of Mind 2025, em Itabira. O evento celebrou sete décadas de uma história que se iniciou com um pequeno ponto de engraxate e se transformou em uma referência em livros e materiais escolares. Este ano, a livraria completou 50 anos de atividades, marcando também o encerramento de suas operações.
A Zenith é lembrada com carinho pela família de Messias. Em seus primeiros dias, enquanto engraxava sapatos, ele começava a emprestar revistas aos clientes para tornar o momento mais agradável. Isso deu início à venda de revistas, e a banca cresceu, ganhando prateleiras repletas de lápis, cadernos e livros.
Em entrevista ao portal DeFato, Cláudia Bragança, filha do fundador, ressaltou a parceria com sua esposa, Eny Bragança, já falecida. “O negócio foi edificado com dedicação, honestidade e amor”, declarou ela, reforçando os valores que marcaram a interação da família com clientes e funcionários ao longo do tempo.
O neto, Pedro Moreira, enfatizou que a história da Zenith vai além do comércio. Ele compartilhou que sua alfabetização ocorreu na livraria, onde sua avó usava letras de plástico para ensinar as primeiras palavras. “Crescer rodeado de livros influenciou toda a minha vida”, afirmou Pedro, destacando que, mesmo com o fechamento físico, o legado da livraria permanece.
A presença de Messias Bragança na cerimônia de premiação foi um momento emocionante. Tereza Bragança, filha de Messias, compartilhou que o pai deixou o evento segurando a placa em agradecimento. “Foi um momento de grande alegria e gratidão pelo carinho que ele recebeu ao longo de sua vida”, disse.
Messias Bragança nos deixou um exemplo: “Tudo na vida se constrói no próprio tempo. Devagar e sempre, com carinho e paciência. Esse ensinamento é o maior legado que recebemos”, refletiu Pedro.
A homenagem recebida no Top of Mind simboliza a importância de uma iniciativa familiar que escreveu uma parte significativa da história educacional da cidade. Messias agora vê seu legado reconhecido como um patrimônio afetivo da cidade que ajudou a formar leitores.

























