A Câmara Municipal de Ipatinga iniciou, nesta segunda-feira (3), um inovador serviço de tradução e interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), que será oferecido de forma presencial durante as reuniões da Câmara Mirim. Essa medida marca o lançamento de uma política contínua de acessibilidade comunicacional, permitindo que as pessoas surdas acompanhem as sessões e eventos oficiais com maior autonomia.
Com essa iniciativa, a Câmara de Ipatinga se torna uma das poucas instituições públicas na região a disponibilizar este serviço de forma regular, aumentando o acesso às discussões e informações do Legislativo.
De acordo com o edital do Pregão Eletrônico nº 11/2025, o serviço de intérpretes abrange reuniões ordinárias e extraordinárias, audiências públicas, e cerimônias oficiais. A tradução será realizada por profissionais com experiência comprovada em Libras, seguindo normas técnicas e éticas adequadas.
O presidente da Câmara, vereador Ley do Trânsito, ressaltou que o principal objetivo do contrato é assegurar o acesso de todos os cidadãos às discussões e informações legislativas, reforçando a importância da inclusão e o compromisso com a legislação que exige a presença de intérpretes em eventos públicos.
“A acessibilidade não é um favor, é um direito. Com esse serviço, estamos assegurando que a população surda de Ipatinga participe plenamente da vida política e acompanhe, em igualdade de condições, tudo que acontece na Câmara Municipal”, afirmou o presidente.
Os intérpretes Gustavo Costa e Tiago Cabral, que atuarão em revezamento, têm oito anos de experiência cada na área. Eles explicaram que o trabalho requer um sistema de interpretação simultânea, que exige alta concentração e coordenação entre os profissionais.
“Nosso trabalho é traduzir não apenas as palavras, mas também o contexto e a intenção de quem fala. Isso exige preparo técnico e atenção constante para que a mensagem chegue de forma clara à comunidade surda”, comentou Gustavo.
Tiago acrescentou a importância desse serviço para a inclusão social: “A presença da Libras nas sessões é um passo fundamental para que a comunidade surda se sinta representada e incluída nos espaços públicos”.
Conforme o edital, essa contratação terá duração inicial de um ano, com uma carga média de 40 horas mensais, podendo ser prorrogada conforme a necessidade. A iniciativa está embasada em leis como a Lei nº 10.436/2002 e a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), que garantem o direito à comunicação e acessibilidade.

























