Terça, 11 de novembro de 2025

Homem que se intoxicou com metanol recebe alta em São Paulo

Homem que se intoxicou com metanol recebe alta em São Paulo
Foto: Sandro Araújo/Saúde Distrito Federal

Cláudio Crespi, de 55 anos, que foi intoxicado por metanol, recebeu alta do Hospital Municipal José Storopolli, localizado na Vila Maria, zona norte de São Paulo, neste domingo, 12. O caso do comerciante é um dos confirmados de intoxicação no estado. Ele ficou com sequelas visuais e apresenta cerca de 10% de visão.

Contexto do acidente: O comerciante passou mal no dia 26 de setembro após consumir vodca em um bar em Guarulhos. No dia seguinte, foi necessário interná-lo. A médica do hospital identificou a suspeita de intoxicação por metanol e, devido ao estado grave do paciente, Cláudio precisou ser intubado. Para o tratamento, o hospital não tinha o antídoto disponível.

Felizmente, a solução veio de uma garrafa de vodca russa com 40% de teor alcoólico, que estava na casa de Camila Crespi, sobrinha de Cláudio, e que ela recebeu de uma amiga advogada.

Uso do antídoto: A Secretaria Municipal da Saúde explicou que o Centro de Assistência Toxicológica recomendou o uso da vodca por meio de sonda nasogástrica, um protocolo que tem reconhecimento científico e é utilizado em situações de emergência. Um familiar que também é médico acompanhou o procedimento. Após esse uso, Cláudio recebeu o etanol injetável, que é o antídoto específico para impedir que o metanol se transforme em substâncias tóxicas no organismo. O paciente continuou recebendo o etanol farmacêutico durante o tratamento e, após duas semanas de internação, recebeu alta.

A pasta informou ainda que o município dispõe do antídoto, que é distribuído pela Secretaria Estadual de Saúde, para atender as necessidades de pacientes em situações semelhantes.

Contexto da intoxicação por metanol em SP: Segundo o último balanço do governo de São Paulo, até a sexta-feira, 10, o estado registrou 25 casos confirmados de intoxicação por metanol e 160 casos em investigação. Até o momento, cinco pessoas morreram devido ao consumo de bebidas adulteradas com metanol, sendo identificadas como três homens, de 54, 46 e 45 anos, de São Paulo; uma mulher de 30 anos de São Bernardo do Campo; e um homem de 23 anos de Osasco. Outras seis mortes estão em investigação.

Com informações da agência Estadão Conteúdo.

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