Quarta, 12 de novembro de 2025

Fiemg e indústrias âncoras reúnem profissionais da imprensa para debater o futuro com a Inteligência Artificial

Profissionais da imprensa do Vale do Aço reuniram-se no auditório da FIEMG, em Ipatinga – Foto: Divulgação

Transmitida no formato híbrido, a explanação contemplou os profissionais da imprensa de outros municípios da região. A iniciativa do Grupo Técnico de Comunicação Corporativa do Conselho Estratégico da Fiemg Vale do Aço, formado pela Aperam, Cenibra e Usiminas abordou como a Inteligência Artificial (IA) emerge como uma poderosa ferramenta para a imprensa, automatizando tarefas, otimizando processos, mas também os riscos, oportunidades e ameaças proporcionadas pela tecnologia.

Na condução do tema, Elissandra Hurtado, diretora-presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, Executiva e Consultora com mais de 20 anos de experiência em Gestão do Conhecimento, destacou que a IA pode ser uma grande aliada dos profissionais da imprensa e que é possível equilibrar o poder da tecnologia com a essência do jornalismo humano.

“A Inteligência Artificial é uma aliada do jornalismo contemporâneo, desde a automação de processos até a personalização da informação. É uma ferramenta que ajuda a otimizar títulos, palavras-chave e estratégias de distribuição, garantindo que o conteúdo jornalístico alcance um público mais amplo”, explicou.

Segundo Elissandra, a tecnologia oferece muitos benefícios, mas também apresenta riscos e ameaças significativas em diversas áreas, como ética, segurança, mercado de trabalho e sociedade em geral. “Os desafios éticos e os riscos relacionados à manipulação de dados, à disseminação de desinformação e à necessidade de verificação de fontes são questões centrais. Em um cenário de desinformação crescente, a checagem e a verificação de fontes são essenciais para combater a propagação de conteúdo falso e garantir a integridade da informação”, alertou.

Na oportunidade foi incentivado o uso responsável das ferramentas tecnológicas que apoiam o trabalho jornalístico, tanto no operacional, ajudando a agilizar rotinas diárias, como redação, edição e distribuição de notícias, quanto no estratégico, ao permitir aumentar a escala de entrega, alcançar mais públicos e gerar impacto com maior velocidade.

Credibilidade

O cuidado com a informação também foi mencionado. “Em um contexto em que os dados circulam em tempo real e a credibilidade dos meios de comunicação depende da sua capacidade de gerir riscos, assegurar transparência e preservar a memória coletiva se tornaram desafios significativos”, pontuou.

Como exemplo prático, Elissandra apresentou o case do The New York Times, que em 2023 iniciou a integração de ferramentas de IA generativa no processo editorial. A experiência mostrou ganhos em produtividade, mas também reforçou a importância de estabelecer regras claras de uso, garantindo qualidade e confiança no jornalismo.

Quanto ao futuro da profissão, ela firmou: “A IA não substitui o julgamento, a ética, a empatia e a capacidade de investigação dos jornalistas. A criatividade, a visão crítica e a interação humana continuam sendo o cerne da profissão”.

João Batista Alves, presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, prestigiou o evento e parabenizou o grupo de comunicação corporativa por mais essa iniciativa.

“Gostaria de parabenizar o grupo que trouxe um tema tão necessário e oportuno. Estamos em um momento de profundas e aceleradas mudanças. A inteligência artificial não é mais uma tecnologia distante; ela já está integrada em nosso dia a dia e, de maneira crescente. Hoje tivemos um espaço para reflexão de como os veículos de comunicação podem inovar, manter relevância e responsabilidade social em um ambiente cada vez mais digital, veloz e orientado por dados”, concluiu.

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