Terça, 11 de novembro de 2025

Moradores do Rio vivem pânico durante operação policial nos Complexos

Moradores do Rio vivem pânico durante operação policial nos Complexos
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Moradores do Rio de Janeiro enfrentaram momentos de pânico na terça-feira (28) devido à operação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, resultando em mais de 60 mortos e 80 presos. A cidade foi marcada por bloqueios que dificultaram o retorno dos cidadãos para casa, exacerbados pelos tiroteios.

As estações de metrô e os pontos de ônibus ficaram lotados durante a tarde, enquanto a PM informou que criminosos da facção Comando Vermelho tinham ordens para fechar as principais vias.

Tiroteio

A professora Marise Flor relatou que ficou presa em um tiroteio após pegar um ônibus. Tentativas do filho de buscá-la foram frustradas pelos bloqueios. Ela conseguiu se refugiar na estação Outeiro Santo, na Transolímpica.

“Entrei na estação de volta por baixo da roleta para me esconder dos tiros.”

Após a situação de desespero, Marise desabou ao chegar em casa.

Barricadas

A atendente Mariana Colbert, de 24 anos e grávida, contou que às 8h30 as ruas do Engenho da Rainha já estavam fechadas com ônibus. Para chegar ao trabalho, precisou caminhar até Inhaúma, onde o motorista do ônibus mudou o itinerário para evitar a comunidade controlada pelo Comando Vermelho.

“Levei uma hora para chegar ao trabalho. Muita gente não foi trabalhar, muitas lojas ficaram fechadas.”

Ao retornar para casa, encontrou a pista liberada, mas ainda com forte presença policial.

Operação Contenção

O governo do estado designou 2,5 mil policiais civis e militares para a operação, a maior em 15 anos, com o objetivo de capturar líderes do Comando Vermelho e reprimir sua expansão territorial. Com 64 mortos, este é o episódio mais letal em operações policiais desde a ocorrida no Jacarezinho em 2021.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email

Leia também...

Últimas notícias