O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou, em evento realizado em Brasília, que a gravidez na adolescência é um tema crucial que deve ser discutido não apenas na esfera política, mas também nas escolas e em espaços religiosos.
“Não tem como enfrentar esse tema sem promover um profundo diálogo com as lideranças religiosas que estão em nossos territórios”, afirmou Padilha durante evento promovido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
“Os principais espaços de convivência e acolhimento das comunidades vulneráveis são as igrejas”, ressaltou.
O ministro ressaltou que o Ministério da Saúde está reorganizando a atenção primária para que os profissionais de saúde conheçam melhor os territórios onde atuam. Ele citou que essa organização foi prejudicada durante a pandemia de COVID-19.
Durante o evento, Padilha destacou que a região da América Latina e Caribe ainda possui a segunda maior taxa de fecundidade adolescente do mundo. A UNFPA aponta que, a cada 20 segundos, uma adolescente se torna mãe nessa região.
“Não se pode falar em gravidez desejada ou planejada na adolescência, pois isso geralmente ocorre pela falta de acesso a informações e direitos básicos”, declarou Padilha, destacando os impactos dessa realidade nas vidas das mulheres e das crianças.
“Os temas da adolescência não chegam à agenda pública com a mesma força que outros temas, porque muitas vezes não interessam a grandes indústrias”, acrescentou o ministro.
Em conclusão, Padilha comentou sobre a importância de reuniões entre países da América Latina para fortalecer políticas públicas que combatam a gravidez na adolescência e promovam a saúde sexual e reprodutiva.
