O relógio da Justiça, dizem, nunca atrasa, apenas espera a hora certa. Quatro meses após liberar para julgamento as ações que pedem a cassação de Cláudio Castro, o TSE decidiu pautá-las justamente quando o Rio sofre uma grave crise: 121 mortos em uma operação policial.
Essa sincronia entre tragédia e tribunal não passa despercebida. Castro é acusado de usar o Ceperj para empregar cabos eleitorais durante as eleições de 2022, em um caso que envolve verbas públicas e poder político.
A presidente do TSE, Cármen Lúcia, agendou o julgamento para 4 de dezembro. Em Brasília, a crença nos acasos é mínima; as movimentações são vistas à luz do calendário político.

























