A Polícia Federal (PF) requereu nesta quarta-feira (17) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma prorrogação para a entrega da perícia médica do general Augusto Heleno, que foi ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A perícia foi ordenada pelo ministro para avaliar o pedido da defesa, que reivindica que o general cumpra prisão domiciliar humanitária. De acordo com a defesa, Heleno, que tem 78 anos, enfrenta sérios problemas de saúde.
No ofício encaminhado a Moraes, a PF solicitou que o prazo que finaliza hoje seja estendido até o dia 26 de dezembro. A justificativa da corporação é a apresentação de novos documentos pela defesa na véspera da perícia, que ocorreu na última sexta-feira (12).
“O perito médico responsável indicou a necessidade de um maior período para a análise detalhada dos novos documentos e questões submetidas pela defesa na véspera da diligência”, explicou a PF em sua solicitação.
Augusto Heleno, que já foi condenado a 21 anos de prisão no contexto da ação penal referente à trama golpista, encontra-se preso desde 25 de novembro e está custodiado em uma sala do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília.
A perícia foi determinada após a defesa negar que o general apresentasse diagnóstico de Alzheimer desde 2018, quando fazia parte do governo Bolsonaro, afirmando que o diagnóstico foi confirmado apenas no início de 2025.
A polêmica surgiu porque o general declarou que começou a manifestar problemas cognitivos em 2018, durante um exame de corpo de delito antes de iniciar o cumprimento da pena.
Caberá ao ministro Moraes decidir sobre o pedido de prisão domiciliar, e não há um prazo definido para essa deliberação.


























