Sábado, 15 de novembro de 2025

Mercado financeiro ajusta previsão da inflação para 4,55% em 2025

Mercado financeiro ajusta previsão da inflação para 4,55% em 2025
© REUTERS/Sergio Moraes/Proibida reprodução

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a inflação oficial do Brasil, foi ajustada de 4,56% para 4,55% para este ano. Essa atualização foi divulgada no Boletim Focus na última segunda-feira (3), uma pesquisa que o Banco Central (BC) realiza semanalmente, coletando expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Para os anos seguintes, a previsão de inflação para 2026 permanece em 4,2%, enquanto para 2027 e 2028, são esperadas taxas de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

Embora a estimativa deste ano tenha sido reduzida, ainda está acima do teto da meta de inflação estipulada pelo BC, que está definida em 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo assim um limite inferior de 1,5% e um superior de 4,5%.

Após uma queda em agosto, onde a inflação oficial desacelerou, em setembro a inflação voltou a subir 0,48%, influenciada principalmente pela alta nos preços da conta de luz. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 5,17%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

JUROS BÁSICOS

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza como ferramenta principal a taxa Selic, que atualmente está estabelecida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O cenário econômico incerto e a moderação no crescimento interno influenciam a manutenção da Selic, que foi confirmada na última reunião do Copom em setembro.

A expectativa é que a Selic permaneça nesse nível elevado por um período extenso, de modo a assegurar que a meta inflacionária seja cumprida. Em 4 e 5 de outubro, o Copom se reunirá novamente para reavaliar as condições da taxa.

Os analistas projetam que a taxa básica de juros encerrará 2025 em 15% ao ano. Para 2026, a expectativa é uma queda para 12,25% ao ano, com previsões de novas reduções em 2027 e 2028, para 10,5% e 10%, respectivamente.

Quando o Copom decide elevar a Selic, o intuito é conter a demanda aquecida. Juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança, mas também podem dificultar o crescimento econômico, enquanto a redução da Selic tende a baratear o crédito e estimular a produção e o consumo.

PIB E CÂMBIO

Na última edição do boletim Focus, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano se mantém em 2,16%. Para 2026, a expectativa é de 1,78% de crescimento, e 1,9% e 2% para 2027 e 2028, respectivamente.

Puxada pela expansão dos setores de serviços e indústria, a economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre. Em 2024, o crescimento do PIB foi de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de alta e a maior expansão desde 2021.

Para o final deste ano, a cotação do dólar está projetada em R$ 5,41, enquanto para o final de 2026, espera-se que a moeda americana chegue a R$ 5,50.

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