O novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), elaborado pelo Departamento de Assuntos Fiscais, dirigido por Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças de Portugal, traz um aviso significativo: o Brasil pode ampliar sua dívida pública em 2026, um ano eleitoral. Apesar da previsão de leve melhora neste ano, com endividamento projetado em 91,4% do PIB (Produto Interno Bruto), que é superior aos 87,3% de 2024, essa melhora é considerada temporária.
O principal risco, segundo o FMI, é a combinação de uma política fiscal expansionista com pressões eleitorais, que podem atrasar cortes de gastos e aumentar subsídios. O FMI expressa preocupação em relação à falta de uma trajetória fiscal sustentável. Sem um ajuste que una o controle de gastos à eficiência tributária, o país pode continuar em um ciclo vicioso, onde busca crescimento por meio de aumento de gastos, mas acaba crescendo menos devido a esse aumento excessivo.
