A comunidade quilombola do Capoeirão, localizada na zona rural de Itabira, iniciou nesta semana um mapeamento sanitário que visa diagnosticar a situação do abastecimento e do esgotamento sanitário na região. O principal objetivo da ação é analisar o acesso à água, o consumo, o armazenamento e a destinação de efluentes, fornecendo dados essenciais para a implementação de medidas que melhorem a qualidade hídrica local.
A iniciativa foi idealizada após uma visita técnica realizada no dia 16 de outubro, onde representantes da comunidade se reuniram com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal (Semapa) para inspecionar os pontos de captação de água. Essa atividade está sendo realizada em colaboração com as secretarias de Obras e Governo, atuando através da Diretoria de Promoção da Igualdade Racial.
O estudo tem o intuito de avaliar os impactos da redução das nascentes e do declínio na vazão do poço artesiano que abastece cerca de 50 famílias do Capoeirão. A escassez hídrica se tornou um problema recorrente, afetando a rotina da comunidade. Os resultados do diagnóstico serão vitais para planejar ações emergenciais e elaborar soluções de longo prazo para assegurar um fornecimento regular de água.
Conforme declarado pela secretária municipal de Meio Ambiente, Elaine Mendes, o levantamento irá “formalizar a realidade da comunidade e direcionar medidas adequadas, construídas em conjunto com os moradores”. O estudo também terá como foco identificar a necessidade de manutenção dos sistemas de captação, a análise do rebaixamento do lençol freático em poços e a capacidade limitada dos reservatórios nas residências.
O trabalho de campo está previsto para durar 15 dias, período durante o qual serão implementadas ações paliativas, que incluem revisão da rede de abastecimento, manutenção do reservatório existente e planejamento da rede definitiva de distribuição de água.
Com informações da Prefeitura de Itabira.
