Quarta, 12 de novembro de 2025

Caixa Econômica e USP lançam plataforma para reduzir CO₂ em moradias

Caixa Econômica e USP lançam plataforma para reduzir CO₂ em moradias
© Ricardo Stuckert

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (3) o lançamento de uma plataforma que mensurará a geração de carbono incorporado em empreendimentos habitacionais financiados pelo banco, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). O foco é melhorar os projetos estruturais e reduzir o consumo de materiais, resultando em uma diminuição direta de CO₂ e nos custos de produção.

O anúncio ocorreu durante o evento “Habitação de baixo carbono: experiências globais e soluções locais“, realizado na capital paulista. A ferramenta, chamada Benchmark Iterativo para Projetos de Baixo Carbono (BIPC), inicialmente terá seu foco em projetos vinculados ao Minha Casa, Minha Vida.

Segundo a Caixa, esse programa habitacional apresenta uma oportunidade significativa para diminuir as emissões de CO₂, melhorar a qualidade das habitações e impulsionar a inovação tecnológica no setor da construção civil.

Vanderley Moacyr John, coordenador do projeto e professor da Escola Politécnica da USP, afirmou: “A ferramenta está toda orientada para ajudar os projetistas e construtoras a reduzir a quantidade de materiais na construção. Isso promove duas vantagens: a pegada de CO₂ diminui e os custos caem.”

A plataforma analisará o impacto dos empreendimentos por tipo de construção, número de andares e materiais utilizados, permitindo comparações com as melhores práticas de mercado. “A Caixa representa 80% do mercado imobiliário. Assim, a maioria das habitações utilizará esta ferramenta”, ressaltou John.

A iniciativa também busca subsidiar as políticas habitacionais da Caixa com informações sobre sustentabilidade, incentivando o uso de métodos sustentáveis. Além disso, haverá uma área aberta para consultas sobre a linha de base de carbono de diferentes tipos de construção.

Outro compromisso do banco é o desenvolvimento sustentável, com a previsão de ampliá-las linhas de crédito verde em 50% até 2030, totalizando R$ 1,25 trilhão. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, destacou a importância da construção civil, que corresponde a 10% do PIB e gera de 20 a 25% dos empregos no país. Para 2050, a meta é atingir a zero emissões líquidas de carbono desde que consideradas as emissões diretas e indiretas das operações financiadas.

Por fim, a meta é reduzir o envio de resíduos a aterros sanitários, implementando um modelo baseado na economia circular nos próximos 25 anos.

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